Hoje, 12 de junho, é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, que tem como objetivo dar visibilidade a luta referente a essa violação de direitos de crianças e adolescentes, debater e sensibilizar a sociedade para a adoção urgente de medidas efetivas e imediatas na prevenção e combate ao trabalho infantil.
A Prefeitura Municipal de Breves (PMB), por meio da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (SEMTRAS), através do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), com o apoio do Conselho Tutelar, está desenvolvendo ações como roda de conversa com famílias, palestras em todos os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) e nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), além de panfletagem em espaços públicos, dando destaque a campanha nos veículos de comunicação da cidade.
Soraya Caramês, secretária titular da SEMTRAS, enfatizou sobre os trabalhos da secretaria durante o todo o ano. “O slogan nacional deste ano é “Proteção Social para acabar com o trabalho infantil”, porém, durante o ano inteiro, trabalhamos no combate ao trabalho infantil, através do CREAS, que realiza atendimentos com famílias e indivíduos vítimas desta violação de direitos, por meio do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).
“O acompanhamento se dá através dos atendimentos psicossocial e jurídico até a superação da violação de direitos, e semanalmente são realizadas abordagens sociais e busca ativa de vítimas em situação de exploração do trabalho infantil, para que possam ser inseridos nestes serviços e nos demais oferecidos pelo Sistema de Garantia de Direitos (SGD)”, concluiu Soraya Caramês.
Otávio Henrique, 22 anos, atleta brevense atual campeão paraense de Taekwondo, falou sobre a importância da luta de toda a sociedade pelo combate ao tema da campanha. “É muito triste e covarde cortar infâncias pela metade, respeitem o futuro das crianças. Cada um de nós pode lutar por esse propósito e ajudar a mudar a realidade de várias crianças, respeitando os ciclos da vida. Trabalho infantil é crime, denuncie”.
“Todos nós devemos dizer não ao trabalho infantil, pois estamos tratando do futuro da nossa nação. A criança precisa se desenvolver, estudar, brincar e usufruir da sua infância, para que se torne um cidadão saudável e produtivo para a nossa sociedade”, destacou Edson Sousa, assistente social da SEMTRAS.
Luana Ribeiro, diretora de Proteção Social da SEMTRAS, falou sobre os impactos negativos nas crianças e adolescentes que passam por trabalho infantil. “Crianças expostas ao trabalho infantil apresentam baixo rendimento escolar pois a violação compromete o processo de aprendizagem, distorção idade-série, abandono da escola e não conclusão da Educação Básica. Cabe ressaltar que quanto mais cedo o indivíduo começa a trabalhar, menor é seu salário na fase adulta, pois as vítimas são limitadas nas oportunidades de emprego, perpetuando a pobreza e a exclusão social”.
“As crianças e adolescentes que vivem nessas condições de exploração do trabalho, também ficam vulneráveis a abusos físicos, sexuais e emocionais, ocasionando a fobia social, isolamento, perda de afetividade, baixa autoestima e depressão, fadiga excessiva, problemas respiratórios, lesões e deformidades na coluna, alergias, distúrbios do sono, irritabilidade”, finalizou Luana.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), crianças e adolescentes se acidentam seis vezes mais do que adultos em atividades laborais porque têm menor percepção dos perigos, e acabam se fraturando precisando serem amputadas, sofrem ferimentos causados por objetos cortantes, queimaduras, picadas de animais peçonhentos, e em alguns casos chegam ao óbito por conta de acidentes de trabalho.
SERVIÇO – Os canais para denunciar o trabalho infantil, são o disk 100 e o Conselho Tutelar.
Matéria: Natália Azevedo / ASCOM PMB
Imagens: ASCOM SEMTRAS
Galeria ações em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil